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Diz Eleonora, na peça de Goethe, Torquato Tasso: Escuto com prazer a discussão dos sábios: Quando sobre as forças, que no peito do homem Se movem de maneira tão amigável e terrível, Os lábios do orador se movimentam com graça.
Isto é inconfundível. Aqui fala um ouvinte orientado puramente pela estética, que não se interessa tanto pelo conteúdo, mas sim pelas formas, modos e recursos psicológicos de uma discussão dialética entre oradores brilhantes. Estetas desse tipo desfrutam de uma discussão como se fosse um verdadeiro duelo medieval; não questionam o propósito da discussão, se este ou aquele representa uma boa causa; querem apenas se divertir com a força e a agilidade dos combatentes. No entanto, tal posição só pode ser mantida em raras ocasiões, não apenas porque as dis****s entre espíritos cultos, que cruzam espadas intelectuais e “movimentam os lábios com graça”, não são espetáculos exatamente comuns; mas porque é impossível para a maioria considerar dis****s discursivas como um mero jogo. Em especial as que são definidas de forma ética e dependem da vitória da justiça e da verdade deixam provavelmente uma impressão dolorosa da maioria dos debates. É chocante ver com que frequência ter razão e ficar com a razão não são equivalentes; que o vencedor de uma discussão não é o que está do lado da verdade e da razão, mas sim o que é mais espirituoso e sabe lutar de
maneira mais ágil. Persuasão emotiva, espirituosidade e ironia, aparência convincente e representar um papel autoritário triunfam sobre a perspicácia e o conhecimento. E quantas vezes aquele que é sutil, honesto e crítico é violentado de maneira dialética por gritos brutais e inescrupulosos! Muitos vão — assim como Fausto — renunciar a uma discussão no meio do caminho: Eu lhe peço — assim como meus pulmões — Quem quer ficar com a razão e tem apenas uma língua,fique com ela.
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